QI: Um construto multidimensional

Inteligência avaliada nos testes com maior evidência científica é baseada em uma hierarquia de habilidades cognitivas humanas.

Essa hierarquia é aberta e incorpora uma série de entidades teóricas, um conjunto de teorias psicológicas provenientes da psicologia cognitiva.

O comportamento se relaciona com a cognição e uma série de tarefas cognitivas podem responder certos comportamentos relacionados à inteligência.

Sim o teste é predominantemente verbal, ou seja, pessoas com maior nível de instrução, acesso à ambiente que estimule a leitura, escrita e educação formal tem maior probabilidade de ter um QI maior, além disso é comprovado que alimentação, fatores econômicos e outras questões tem impacto no desenvolvimento da inteligência.

Por que nossos cérebros são plásticos! Adaptáveis e cheio de estratégias de compensação e aprendizagem. Estar vivo é aprender!

No entanto é importante frisar que muitos construtos foram incorporados nos testes baseados em CHC, especialmente relacionados à tipos de raciocínio, memória, habilidades visomotoras e FUNÇÕES EXECUTIVAS.

Então, sim, com intervenção QI sobe. Especialmente o domínio verbal e executivo do teste.

Mas e quando sabemos que uma pessoa é superdotada à partir dos testes de inteligência. Assim como as demais condições há padrões de comportamento e respostas esperados no perfil superdotado que vão além do QI total.

Não à toa estamos falando de uma hierarquia de habilidades.

Os testes baseados em CHC vão oferecer um QI total ou um fator geral de inteligência. Mas estão longe de ser unidimensionais e reducionistas.

É claro, é necessário que o avaliador tenha repertório para uma avaliação criteriosa para além de interpretar tabelas e scores.

Os testes de inteligência são restritos à psicólogos, porém a ciência cognitiva é interdisciplinar e outros profissionais, tal qual neuropsicopedagogos podem atuar com uso de instrumentos não restritos.

Um bom avaliador é um exímio curioso das ciências cognitivas e do comportamento humano!